quarta-feira, 21 de abril de 2010

ERRO...QUEM NUNCA ERROU?

ERRO...QUEM NUNCA ERROU?


Pretenção". Quem nunca errou? Cálculos, frases, palavras, dicção (...). Os erros são inerentes aos processos de evolução e desenvolvimento do homem, isso é notório. Seja no convívio: familiar, escolar, profissional errar é algo que devemos levar em conta, não como forma de rotular, mas como propulsora do desenvolvimento cognitivo, sócio, político, cultural do homem.


Inúmeros teóricos, como Piaget, consideram o erro como "fenômeno" que impulsiona o homem a aprender mediante ao erro, ao aperfeiçoamento...


Irei contar uma pequena história para ilustrar o que de fato quero explanar. Em certa ocasião de processo de seleção para vaga de emprego. Certa pessoa como outras tantas a procura de labuta, estava a aguardar a oportunidade. Após horas de espera e apreensão havia chegado à hora de ser entrevistada, pelo menos pensava que seria, mas quando entrou na sala indicada por um homem: olhou, sorriu, e pediu o seu curriculum. Entrou para aquele local que fora indicado pelo varão e a ansiava pelo "eventual interrogatório".


Contudo, ao invés disso pediu que escrevesse - a pretensão salarial – (de fronte para o vindouro trabalho), ou não de qualquer forma estava afã para conseguir o serviço. Nervoso. Com certeza. Distraído ...Talvez? Com a pilha de currículos que estavam à sua mesa escreveu a sua "pretenção".


Vocês podem imaginar o que aconteceu.... Tivera "inseit" dez minutos após ter saído do recinto.Tento retificar, mas já era tarde. Escrevera "pretenção" ao invés de pretensão. Grave para um recém-formado!?- segundo constara em seu currículo. Talvez, mas foi o fim de um novo começo.


Percebera, deste então que azáfama, a tensão só atrapalha. Você tem que ter confiança no que você é e tem, sem se preocupar com os demais "concorrentes" afinal de contas se você está ali é porque tem algo de bom para oferecer, ensinar, aprender. Neste caso, naquele momento...aprendera e muito com o fato. O erro pode alavancar a baixa auto-estima, conseqüentemente a segurança e a confiança no que somos, no que queremos, no que poderemos ser ainda mais (...). No que éramos fundamenta o alicerce para o que somos, então agregue valores, informações, conhecimento...e seja você confie em seu atributos..e siga em frente.


Não devemos repugnar o erro sepultando-o na nossa memória, devemos sim, tomá-lo como norteador para que não amenizemos e/ou erremos a mesma coisa. Afinal, como diz uma célebre frase: "errar é humano, permanecer é burrice", então, acerte errando e erre acertando...

                                                                                                                  Alessandra Santiago Rolim
                                                                                                                                          ANO:2002

Pedagogo. Profissão que só tem um norte: Educação?!?

Pedagogo. Profissão que só tem um norte: Educação?!?



Comumente, a primeira vista, sim, o norte do pedagogo é somente na área de educação. Contudo esse profissional tem se digladiado muito para ser reconhecido fora da esfera educacional, principalmente os recém-formados que têm consciência (não generalizando) da relevância da atuação do pedagogo em qualquer outra circunstância.

Nas regiões do sul do país já existe Faculdade de Pedagogia que os estágios acontecem, por exemplo, em hospitais direcionando a área pedagógica para outros ambientes nos quais os futuros pedagogos interagem com o corpo discente de médicos visando o bem-estar do "paciente-aluno" tanto no que tange as questões clínicas quanto intelectuais facilitando no processo de recuperação física e cognitiva do "paciente-aluno", o mesmo não fica distanciado totalmente do processo de ensino-aprendizagem . Através de estórias, contos e fábulas as crianças participam e refletem sobre o que estão fazendo, criando, olvidando até mesmo de suas dores, doenças proporcionando até uma “rentabilidade clínica” .

Estimular, facilitar, mediar o processo cognitivo são algumas das funções do pedagogo que valoriza e desenvolve um canal de comunicação à luz das relações na qual a informação e a apropriação de conhecimento a todo o momento são compartilhadas objetivando a objetivação do homem como ser pensante, crítico, participativo nas relações e ações no cotidiano.

Colimar uma estrutura pedagógica que possa desencilhar-se de tão somente da área educacional, mas sem, contudo desprezá-la ou ocultá-la, mas sim direcioná-la para o contexto empresarial é um passo grandioso para os vindouros pedagogos - ou com eu recém-formados - que almejam outras trilhas na área pedagógica empresarial, mas que tem como alicerce a escola e o seu intuito educacional - que no modo geral propende despertar no homem sua reflexão-crítica -. Açular novas veredas para a práxis do pedagogo proporciona um fecundo estímulo para novas perspectivas que emergem de uma exigência cada vez mais notória do mercado de trabalho estabelecendo ter no seu quadro de funcionários, trabalhadores com formação mais erudita. Contudo, não pretendo abordar de forma minuciosa a formação que o mercado quer, viso sim, enfocar a importância da presença do pedagogo na empresa e a sua contribuição para o processo produtivo.

Mas será que as empresas estão "atualizadas" para essa perspectiva?


Por esse profissional ter dito a oportunidade de lidar com a dialética e assuntos que tratem das relações entre outros apanágios do curso subsidiando de forma mais direta, flexiva, reflexiva as relações (intra e interpessoais). Não quero aqui desmerecer nenhum outro profissional nem tão pouco ignorá-lo (Psicólogo, Assistente Sociais (...)) estou somente fundamentando no que compete enquanto Pedagoga nas questões inerentes à orientação, planejamento, administração (...)

Partindo desse pressupostos são efêmeros os pensamentos de que a Pedagogia delimita-se somente na área educacional num mundo onde as relações estão em xeque fazendo a diferença no processo produtivo da empresa, haja vista que, com o "dausing" as relações tornaram-se mais próximas achatando a pirâmide hierárquica nas empresas impelindo um direção que pauta-se fundamentalmente na formação continuada.

Empresas querem trabalhadores com mais formação, conhecimento e os pedagogos sabem como instigar para que ocorra, sendo os baluartes desse processo cognitivo-relacional que aflora ascendentemente no mercado de trabalho desta forma conota uma tênue relação entre empresas e pedagogos, profissional tão fecundo quanto um administrador.

A presença do pedagogo na empresa e sua relação - direta ou indireta - com o trabalhador dimensionam acepção dessa profissional no processo de ensino-aprendizagem na e para a labuta, assim denota que tanto na área educacional quanto na empresarial o pedagogo possui papel significante colocando em voga entre outras coisas a formação continuada, motivação das potencialidades do homem suprindo as necessidades.

Entretanto, para que a dimensão subjetiva não encampe a objetivação do que se quer alcançar faz-se necessário refletir, analisar com o grupo o objetivo real do que se almeja nas relações, desenvolvendo, valorizando e enfocando a comunicação, formação continuada como fatores cruciais para um bom desenvolvimento e relacionamento na empresa.

A busca incessante da "perfeição" ou quase ela, nos faz objetivarmos a objetivação ideal que supra as necessidades imediatas e futuras. Num mundo cedendo de informações onde os homens obstinados a ter/ possuir querendo mais e mais, conhecimento sobre é que ratifico a significância do pedagogo nas demais áreas: seja empresarial, seja hospitalar (...), pois aprender a aprender é fenômeno inerente ao homem contemporâneo que não se gansa em aprimorar-se a todo instante. Isso é que faz a diferença do profissional para um bom profissional.

quarta-feira, 31 de março de 2010

PREÂMBULO:ÉTICA NA FORMAÇÃO E ATUAÇÃO PROFISSIONAL: a visão do Pedagogo Empresarial nos municípios de Vitória e de Serra – ES

ÉTICA NA FORMAÇÃO E ATUAÇÃO PROFISSIONAL: a visão do Pedagogo Empresarial nos municípios de Vitória e de Serra – ES

PREÂMBULO:

Junho/ano: 2003

Os conceitos que utilizo são para embasamentos teóricos para colimar uma propedêutica sobre os seguintes fenômenos: a ética, o trabalho e a formação. Sendo assim realizo digressão histórica sobre a ética e o trabalho para melhor compreensão histórica social. As correlações que faço são atos intencionais para validar e ostentar as temáticas: a ética, a formação e o trabalho na qual, pretendo desvencilhar do senso comum e dá uma entonação mais crítica, reflexiva mediante ao tema que é abordado.

A pesquisa serve para bazofiar e enfocar numa dimensão mais contextual e real os fenômenos existentes no processo de formação e atuação profissional no que tange a ética. É de grande valia, ter feito essas reflexões éticas sobre nossas ações no dia-a-dia em que estamos inseridos, pois a partir desse prisma é que poderemos vislumbrar um vindouro e promissor futuro para os homens. O trabalho é de natureza exploratório-descritiva que teve como objetivo analisar e discutir a percepção que profissionais com formação pedagógica empresarial têm sobre a questão ética na formação e atuação profissional, refletindo a relevância de tal questão no âmbito educacional e profissional.

Contou com a participação de sete profissionais da área empresarial. Foi utilizada a técnica de entrevista semi-estruturada junto às profissionais atuantes na área da pesquisa empresarial, em empresas de grande e médio porte, situados nos municípios de: Vitória e Serra. Pela análise pode-se dizer que de modo geral na base de troca entre a empresa e o trabalhado está uma visão de ética mais utilitária. Percebo essa práxis pedagógica no contexto empresarial mais latente. Todavia, há profissionais que estão dando valor não somente aos objetivos e as expectativas que a empresa quer, mas, oportunizam o homem de desenvolver a capacidade crítica no processo em que está inserido.

Autora: Alessandra Santiago Rolim - Pedagoga

ÉTICA NA FORMAÇÃO E ATUAÇÃO PROFISSIONAL: a visão do Pedagogo Empresarial nos municípios de Vitória e de Serra – ES

PARTE I

APRESENTADA NO ANO:2003

Será interessante notar à abordagem filosófica e social que desenvolvi nesse estudo que visa dimensionar a relevância da ética no âmbito de formação e profissionalização do indivíduo na esfera empresarial. Almejo com esse tema auferir embasamento suficiente para denotar a fidedigna importância sobre tal questão e contribuir, talvez, com o enriquecimento do arcabouço cultural, não só o meu como pesquisadora, mas também daqueles que se apropriarem de tal leitura a posteriori. O traço dessa pesquisa é a análise e reflexão, sobre um tema que é polêmico, qual seja a ética.

Por ser a escola a extensão da educação do indíviduo e a propulsora para que o mesmo esteja preparado para o mercado de trabalho deve atuar como fator fundamental para o desenvolvimento, não só do cognitivo, mas também, do ético. Esse foi o motivo que impulsionou-me à necessidade de abordar a ÉTICA NA FORMAÇÃO E ATUAÇÃO PROFISSIONAL tomando como campo de trabalho os municípios de Vitória e de Serra -ES.

Segundo Duarte (apud LIMA, 1999, p.49), o homem para se objetivar através de sua atividade tem que se apropriar das objetivações, resultantes da atividade de outros homens. Ou seja, embora se digladie com o passado, o presente se baseia nele.

Por isso tivemos a preocupação de fazer a digressão histórica sobre a ética para que pudéssemos contextualizá-la de forma lacônica e objetiva no contexto de nossa investigação, não deixando também de considerar que no campo ontológico e subjetivo, a ética, é inerente às relações humanas conceituais e práticas.

Apoiando-me em Disk (1998, p.66) pude elucidar melhor esta visão. Para essa autora:

[...] a ética é uma reflexão grega que parte do princípio de conduta de natureza do bem moral que procede do contexto, principalmente, religioso. Pesadores, filósofos refletem sobre tal perspectiva sendo a viga permanente da sociedade humana. O termo 'êthos' , como eta inicial, significa 'morada', 'abrigo', isto é, uma espacialidade onde sentimos seguros, protegidos, onde nos ' desarmamos'. Mais tarde surge um segundo 'êthos'(com épsilon inicial), num sentido de espacialidade interna de 'caráter' e seus 'hábitos'.

Então, a apropriação de tal subjetividade no processo de ensino-aprendizagem pode facilitar na sua objetivação como gênero humano - estágio ou processo de humanização. Assim sendo, uma boa formação é primordial para o desenvolvimento e atuação do "capital humano" no trabalho, que é o investimento que a empresa "oferece" e/ ou induz o indivíduo a realizar em sua formação visando o aperfeiçoamento.

A escola, então, seria uma preparação para que o indivíduo pudesse adaptar-se ao funcionamento das hierarquias burocráticas em que ingressam.

Essas considerações nos fizeram pensar que a ética é ontológica e por esse motivo devemos refleti-la tanto no contexto educacional quanto no profissional, pois é desde o liminar da civilização que a moral ostenta a "normatização" da sociedade servindo como premissa, enquanto que a ética serve de reflexão sobre tal perspectiva. A vista disso, sem tal subjetividade a humanidade não se estruturaria, nem tão pouco refletiria suas concepções sobre todas as esferas sociais.

Diante dessas circunstâncias aferidas, me pus a investigar a seguinte questão: "que percepção teriam pedagogos da área educacional e empresarial, atuantes no mercado empresarial dos municípios de Vitória e de Serra sobre a questão da ética no âmbito da formação e da atuação profissional?".

Este estudo foi realizado com o propósito de analisar e discutir a percepção que profissionais com formação pedagógica empresarial, teriam sobre a questão ética na formação e atuação profissional e nesse mesmo enfoque, mostrar e refletir sobre a relevância dessa questão no âmbito educacional (formação) e profissional.

A viabilidade de se questionar sobre tal percepção aflorará ascendentemente na prática da ética nas esferas sociais, partindo-se de uma reflexão desde a formação até a atuação do indivíduo na esfera profissional.

O estudo feito foi de natureza exploratório-descritivo em que utilizei técnicas de pesquisa bibliográfica e trabalho de campo. Pelo levantamento bibliográfico obtive dados referenciais sobre a ética do ponto de vista conceitual e aplicativo às questões do trabalho. O texto elaborado foi utilizado para o embasamento das variáveis: ética, ética/ formação e ética/atuação profissional e para dar suporte à discussão dos dados.O trabalho de campo envolveu profissionais com formação e atuação no campo da Pedagogia Empresarial. Esses sujeitos foram definidos por amostragem intencional, conforme os seguintes critérios:

  • 1. Atuantes na Pedagogia Empresarial;
  • 2. Em empresas de grande e médio porte situadas nos municípios de Vitória e de Serra;
  • 3. Com disponibilidade para serem informantes na pesquisa.

Os dados foram levantados através de entrevista semi-estruturada, coletados por meio de gravação e/ou escrita dependendo da permissão do sujeito. O tratamento foi feito pela técnica da análise do conteúdo que segundo Bardin apud TRIVIÑOS, 1987, é:

[...] um conjunto de técnicas de análise das comunicações, visando, por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, obter indicadores quantitativos ou não, que permitam a interferência dos conhecimentos relativos às condições de produção/recepção [...] das mensagens.

E os resultados apresentados de forma reflexivo-crítica-descritiva. Com base nesses procedimentos o presente relatório está estruturado da seguinte forma: no tópico dois à pequena digressão histórica e conceitos fundamentados pela filosofia sobre a ética permite fazer uma propedêutica sobre o tema, de forma lacônica para que pudesse desenvolver na integra a pesquisa e somente explanar tal questão no bojo histórico social, apresento ainda a relação existente entre a ética "versus" trabalho contribuindo a compor um dos baluartes exigido no processo profissional. Dando prosseguimento desenvolvo a temática: trabalho realizando uma obtusa regressão histórica, conceitualizando-a, a fim de bazofiar tal fenômeno. No tópico seguinte abordo as mudanças e a interação da ética e trabalho no contexto contemporâneo, bem como a relação formação e trabalho e ética e formação no que tange a importância ou não, da escola em se tratando dessa temática. No item 3 apresento os resultados da pesquisa propriamente dita descrevendo o campo de investigação e a análise das informações obtidas dos sujeitos sobre o problema em questão. No tópico 4 estão as conclusões a que se chegou com o estudo.

Autora: Alessandra Santiago Rolim 2003